… A capa de Mickael (Que mudou a maneira de ver)

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… Não vale a pena fingir que não é verdade porque é: há um ano atrás, ou coisa que o valha, não imaginaríamos Mickael Carreira na capa da revista GQ. Esta é a verdade. Mas a verdade também é que a revista GQ está muito mais próxima do mundo real, com muita noção do País onde vive e, por isso, consegue juntar todos os pontos importantes para cativar o público em banca sem retirar um pingo de categoria à publicação. Ou seja, não vive com medo do que os ‘pares’ acham. Vive com o objectivo de satisfazer leitores e anunciantes. Têm conseguido fazê-lo sempre. Tem tido capas e matérias que surpreendem e é cada vez mais complicado fazê-lo. E aqui – é preciso dizer – acho que a chegada da revista Cristina ao mercado fez ‘abanar’ a criatividade das publicações mensais, na busca da surpresa constante. Mas vamos à capa da GQ que torna Mickael pai do mês na edição especial de Março, com a filha Beatriz ao colo. Coisa mais ternurenta, capa tão bonita, ideia maravilhosa. Está tudo bom. Está excelente a revista, está excelente a ideia, estão excelentes as fotografias. Fico contente por perceber que, aos poucos, Portugal abre a cabeça e pensa que não podemos fazer revistas de ‘elite’ baseadas em quatro ou cinco nomes que rodam entre si, que nem vendem, mas que ficam bonitos nas capas ou são amigos de quem as decide. Por muitos pensarem dessa forma é que muitas publicações deste género atravessam uma situação financeira grave, porque (a juntar a outros factores da indústria actual) não souberam chegar mais perto de quem os lê. É preciso ter coragem de fazer diferente, é preciso não ter medo da critica e sair de um pedestal que fazia sentido há dez anos mas que agora não existe. Nao faz sentido e cheira a mofo. Por tudo isto, parabéns, Mickael. Obrigado, GQ!

 

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