… Aprendam meninas (Que estas não vivem sempre!)

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… Temos a memória curta, mas Donatella Versace puxou mais uma vez pela criatividade (desta vez não foi pela pele do rosto) e prova-nos que existe um passado que muitas vezes é bem melhor que o presente. No desfile da semana de moda de Milão, e para homenagear o irmão, puxou a si todas a atenções não pelo que criou, mas pelas meninas que desfilaram na passerelle. Donatella puxou os cordões à bolsa (maneira de dizer) e, numa só passada, conseguiu meter lado lado a Cindy Crawford, de 51 anos, Naomi Campbell, de 47, Carla Bruni, de 49, Helena Christensen, de 48, e Cláudia Schiffer, de 47, para mostrar que aquilo a que hoje tantos chamam super-modelos com a maior das facilidades, são pequenas amostras quase grátis do que em tempos foram as verdadeiras Top Models. Faltam aqui a Elle MacPherson, a Christy Turlington, a Eva Herzigova e a Linda Evangelista, talvez até mais. Mas juntas, dificilmente se reuniriam todas. Nem todas se davam bem e a imprensa viveu muito dos seus estados de alma, feitios complicados e ataques de vedetismo que as transformaram, com as pernas mais valiosas da história da moda, nas celebridades maiores dos anos 90. Foram, na verdade, elas as pioneiras. Elas transformaram modelos em celebridades. Até ali, quase nenhuma tinha nome. Não se sabia. Eram modelos. Passavam roupa. Não havia Facebook nem Instagram! Esforçaram-se. Hoje, qualquer meia dose com mais de duzentos seguidores no Instagram enche a boca para dizer que é Top Model. A diferença é que quem é, é sempre. Quem acha que é, dificilmente será.

 

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