… O sentido do fim (Achamos que faz sentido)

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… Falava ontem ao jantar com um grupo de amigos sobre a possibilidade de a nossa vida tomar um rumo diferente em determinado lugar ou momento, por determinada escolha. Na verdade, todos concordámos que a vida dos quatro poderia ter mudado se determinada escolha tivesse sido outra. Não que a feita tenha sido a errada, mas outra teria mudado tudo… Todos nós, se pensarmos um bocado, temos imediatamente a ideia de um momento em que resolvemos dar uma guinada na nossa vida. Uma coisa importante que a marcou para sempre. Isto é um facto. Outro é: se nos arrependemos de o ter feito, ou se achamos que, se não o fizéssemos, a outra escolha teria sido melhor, e hoje faria de nós pessoas mais felizes? Não se sabe. É também um facto. O importante destas conversas –  o mote foi o filme ‘O sentido do fim’- é que juntos vamos revelando um a um o que aparentemente não conseguimos ver ao espelho. Uma das melhores coisas da vida é a conversa de amigos. A conversa, olhos nos olhos, com pessoas que, não sendo família, escolhemos para a vida e a quem nos vamos mostrando e descobrindo pouco a pouco, a cada conversa mais um bocado. É bom. Sabe bem! Entre risos, disparates e frases certeiras, fazemos uma espécie de análise ao que se passa connosco e com o que nos rodeia. Temos que estar atentos aos amigos, não são um dado adquirido. Concluímos que estamos felizes. Estamos todos felizes e todos (sem excepção) arrependidos de qualquer coisa que fizemos na vida a determinado momento. Foi o que achámos melhor fazer, mas não foi o melhor que fizemos. A diferença é esta. Não se consegue perceber a hora de parar, porque somos todos emocionais. Não somos racionais. E, por isso, vamos por ali abaixo e… arrependemo-nos. Mas é bom. Temos história. Verdadeira. Não a inventamos para a ter. Isso faz toda a diferença. E a isso chama-se vida. Não é?

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Ps. O jantar foi com a Ana Markl, o Carlão e a Marta Bateira, que ilustram este post de forma generosa e são pessoas que escolhi para estarem na minha vida. Não me arrependo de o ter feito, e lembro-me exactamente do dia em que a Ana me sentou numa cadeira e me disse ‘Cláudio tenho um projecto e queria propor-te trabalhar com estas pessoas. Sei que não são prováveis, mas acho que vai funcionar ‘. Podia ter dito que não. Disse que sim. Ainda bem!

 

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