… Um País chamado Simone (Não percam o Musical!)

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… ‘Simone, o Musical’ é algo inédito em Portugal. É a primeira vez que se conta a história e se faz uma homenagem em vida a um artista, com o próprio artista em cena. Simone de Oliveira merece e Portugal merece. É parte da nossa história, aquela que se cruza com a de Simone. A ideia é brilhante, oportuna, o elenco é muito transversal e assistir ao espectáculo é emocionante do começo ao fim. Ver José Raposo fazer do Senhor Varela Silva com Simone em contracena chega a tirar-nos a respiração. Ver Maria João Abreu de Simone, tão exactamente igual na voz, nos gestos, nos olhos, na emoção, é muito desconcertante, porque uma e outra quase que se confundem. Sissi, a Simone em jovem (que eu não conhecia) é um talento. Marta Andrino é uma revelação extraordinária. FF igual ao que esperava dele, sempre bom. Muito bom! Ruben Madureira talvez seja a revelação do espectáculo porque me surpreendeu a cada momento e porque eu não conhecia o seu trabalho que vai, na peça, do drama à comeéia, assim como o Pedro Pernas que nos leva às lágrimas de tanto rirmos com eles e com a Soraia Tavares e o Salvador Nery (espero não me esquecer de nenhum, porque são todos muito bons, mesmo!). São um elenco brutal, variado, cheio de talentos. Emocionei-me muito na peça. Sinto inveja deles, senti orgulho deles. Senti alegria de tantas e tantas vezes já ter estado com a Simone, de ter tido o privilégio de a entrevistar em sua casa, no tal ‘pombal’ do amor como lhe chamava o ‘Dramas’ e que ela, a ‘Cantigas’, mantém como sempre foi. Uma casa pequena, cheia de recordações por todos os lados. Eu sabia todos os passos à medida que iam acontecendo na peça. Conhecia a história toda, contada pela boca de Simone. Vê-la ali, contar a sua própria história é algo que não se pode perder. Aproveitem e comprem já o vosso bilhete. Mesmo! Parabéns a toda a equipa, que coisa bonita.

 

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