… O Ângelo em Dezembro (pode ser visto assim)

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… Só hoje vi na televisão o programa especial onde Ângelo visitou a Cristina. Ontem fui ver a Mariza não consegui ver o Ângelo. Na verdade já o tinha visto lá em casa. Vi tudinho com toda a atenção. Senti-me na presença de um milagre porque eu ouvi muita coisa estes meses todos de gente que afirmava o pior. Ver o Ângelo entrar na Casa da Cristina, descer as escadas pelo próprio pé sem ajuda de muletas e amparado na sua força de vencer é o melhor que podia acontecer. Depois a conversa feita entre duas pessoas. Uma que perguntava e escutava a outra que tinha vontade de contar, ser escutado e de mostrar que tudo está bem quando acaba bem. A mim chegou-me perceber que, aos poucos o Ângelo recupera devagarinho de tudo. Do corpo e da alma. Que a aproximação a pessoas que estavam afastadas ajudaram neste encontro brutal com a realidade a que ele volta aos poucos. Não se pode pedir a quem acabou de renascer mais que a vontade de o fazer. Não se pode invadir a alma de alguém que está a abrir os olhos devagarinho, a reaprender a pisar o chão. Não se pode magoar só porque sim e meter o dedo na ferida porque se quer a todo o custo ver a ferida quando alguém a está a tentar cicatrizar. Gostei muito do que vi ali. Gostei muito do que acabei de ver agora no sofá. E gostei tanto de perceber que a imensa maioria que estava a ver televisão naquela hora escolheu estar sentada na sala da Cristina a ouvir o Ângelo conversar com ela. Conversar. Apenas conversar sem juízos de valor. Conversar sobre renascer. É disto que se trata. Literalmente. É Dezembro. Talvez faça sentido pensar nisso!

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