Por
… Sem sono, liguei a televisão. Uma entrevista a uma actriz espanhola prende-me ao ecrã. Fico vidrado com a forma como ela fala dos amores e desamores. De repente, deixo de ouvir a sua respiração, diz ela que “hoje sou amada. Deixei de ser amante. Quando se é amante sofre-se muito!”. Voltei a respirar, desliguei a televisão, fechei os olhos e com a cabeça na almofada adormeci a pensar na frase. Cheguei à conclusão que ela tem razão. Somos de facto mais felizes quando apenas nos “deixamos” amar. Quando somos nós a fazê-lo e a isso juntamos o papel de amantes, sofremos e questionamos mais… Quando acordei ainda tinha esta ideia na cabeça, e fica a pergunta: será possível uma coisa sem a outra.
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