Por
… Aqui estou. Só para vocês porque talvez entendam o que sinto mesmo sem ter que explicar as razões. Mesmo que vos quisesse explicar, não saberia. Não sei nunca de onde vem o mar ou para onde vai a estrada de terra batida. Sinto-me asim. A boiar num mar frio com medo de afundar, e numa encruzilhada. Daquelas que se encontarm no fim das estradas de terra batida. Feliz, mas confuso e baralhado. Será que pode ser? Talvez. O branco pode ser branco sujo, e o preto confundido com cinzento… Amanhã à tarde rumo ao Alentejo. Tenho saudades. Vou num pulo e venho noutro, mas faz-me falta respirar gente da minha terra. Como eu. Gente que diz “bom dia” sem segundas intenções, gente que ri e resmunga mas que sabe o que é a vida. Gosto desta gente. Por isso gosto tanto de mim. Sou feito de uma massa rara, que o Alentejo amassou com a força do sol, a ternura das searas, e a pureza da cal que pinta as casas pequenas nas ruas estreitas. Sou assim porque me fiz assim. Ou me fizeram? Não sei. Juro que não sei. Sei que adormeço lá como não o faço em mais lado nenhum do mundo, e sei que o meu sorriso lá não sai forçado. Mas hoje ainda aqui estou… Só para vocês, mesmo sem entenderem nada. Nem eu!
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