… se me perguntares se me apetecia escrever. Respondo já de imediato que não. Não escrevo nada de especiial, mas escrevo muito bem. Para mim especial é mesmo especial. Tem que ser muito bom para ser especial. Hoje não me sinto assim. Não me senti durante a noite. Tive um sonho péssimo e acordei suado durante a noite a pensar que aquilo era verdade. Não era! Ainda bem… Não dormi muito bem, mas na verdade não durmo nunca muito bem. Tenho este estado de alma que me inquieta sem razão nenhuma. Quem me conhece sabe que se passa alguma coisa, mas como nem eu me conheço bem, não sei o que se passa. Manhã na televisão, à tarde nas compras. Perdi-me nos livros da fnac a ler poemas de amor. Um livrinho muito pequeno “doze poemas de amor”. Por nenhuma razão especial. Só porque sim! Revelei umas fotos antigas que estavam no cartão do tal telemóvel que se partiu e fiquei ainda com mais saudades de qualquer coisa que não sei o que é. Fotografias paradas no tempo, de há tanto tempo… tudo tão diferente. O tempo passa tão depressa que quando damos conta, já passou. Não parece grave. Mas é… Hoje disse a uma amiga minha “estou naqueles dias onde fazia a mala e ia-me embora para sempre ser feliz noutro lado“. Ela questionou, porque sabe que sou feliz. Acha que sou feliz. Apontou-me uma lista de coisas que tenho e que lutei tanto para conseguir. E é capaz de ter razão: Sou feliz! Uma felicidade intervalada, talvez por um estado de alma que faz questão de não fazer um intervalo para publicidade. Faz mal.