... A alma é um lugar de histórias. De histórias com alma. Não gosto de histórias que não tenham alma ou de histórias que simplesmente não o são. Uma história como a minha transborda de alma por todos os lados e é seguramente uma história daquelas que qualquer pessoa, se a vivesse, tentaria embrulhar num livro, guardar num diário ou ir mais longe e gritá-la ao mundo. Mas a alma tem destas coisas. Não são todas iguais, apesar dos entendidos dizerem que as almas são puras. Que nascem puras, eu chego à conclusão que não é bem assim. Existem almas mais puras que outras, assim como histórias mais bonitas de contar de que outras. Quando percebemos que a alma se contaminou ou que a história não é bonita, corajoso é não a escrever. Não a editar. Corajoso é ficar quieto à espera que a história meta a alma no lugar certo. Eu serei seguramente uma alma pura. Talvez mais pura que a maioria e não tenho modéstia nenhuma em dizer isso. Não me serve de muito. Serve acima de tudo para me estender ao comprido todas as vezes que colei a minha alma a algo em que ela acreditou.