Por
… Quando chegamos ao 38 aprendemos que somos obrigados a estabelecer prioridades, antes que seja tarde. Sentimos e aprendemos que respeitar o silêncio é fundamental quando não há nada de importante para dizer. Aos 38  não me apetece perder tempo com quem não se dá ao trabalho de o aproveitar. Quero ganhar tempo com os amigos de verdade, com as tropelias da Leonor, com as gargalhadas dela e com as suas coisas pirosas. Continuo a gostar de azul escuro. De fotografias minhas. De rir. De acreditar. De gostar de gostar. Da chuva. Do frio dos meus lençóis, do cheiro a cama lavada e de dormir nu. Gosto cada vez mais de viajar e de respirar sem ser “olhado”. Com esta idade só se fosse burro é que atendia o telefone a toda a gente, respondia a todas as sms, ou perdia horas e horas no trânsito quando as posso evitar. Aos 38 anos o nosso corpo começa a reclamar mais cuidados para se manter como o obrigamos à custa de treinos e dedicação. O que não muda ao longo do tempo – pelo menos até hoje – é a urgência de traçar novos projectos. Investir. E fazer desejos cada vez que sopro a vela do bolo. Com esta idade continuo a acreditar que devo morder a vela do bolo de anos e pedir um desejo. Peço muitos, mas aos trinta e oito anos, já entendi que se realizam um de cada vez… e muitas vezes tardam em realizar-se. O importante é não deixar de morder a vela.
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