… O que é o sexo? Para mim é sexo. Uma coisa diferente de amor. De paixão. Quando se juntam os dois é mais do que isso, é sublime. Sexo sublime. Numa relação, o sexo é fundamental. Mais de cinquenta por cento do seu sucesso passa pelo cama, pelo sofá, pela cozinha, pela banheira, pelo elevador… passe por onde passar mas passa. Não gosto da expressão ‘fazer amor’- Sinto-a demasiado leve, suave. O sexo é uma coisa carnal, suada, muitas vezes tensa e apressada. Antes dos músculos se relaxarem, o sexo deixa-os tensos, exibidos. O amor, também preocupa, mas não nos deve deixar tensos, mas devemos exibi-lo. Seguro, certo, acompanhado, confidente. O amor poderia ser a almofada onde descansamos a nossa alma, o sexo os lençóis amachucados dos corpos cansados. O sexo é bom. É bom sempre quando se faz por querer com quem se quer. É melhor se o fizermos apaixonados, e melhor ainda se amarmos a pessoa com quem estamos. Mas o sexo não é fundamental para isso, ou seja, para fazer sexo não temos que amar. O amor é muito mais que a troca dos corpos suados, quentes e acelerados. É um encaixe procurado com batimentos cardíacos descompassados depois de um orgasmo. O amor é sereno. Serve para nos abrigar da chuva, aquecer os pés, dividir uma gargalhada, ajudar nas despesas se for preciso, dividir alegrias, brigar. O amor ‘briga’ muito, por vezes briga em excesso. Mas vence sempre, porque o amor sabe o seu lugar e sabe que, tal como em casa tudo tem o seu lugar, e nas prateleiras podem aceitar-se fotografais antigas, mas não se aceita pó, como da mesma maneira nas relações se pode aceitar o sexo fora das prateleiras, mas as mentiras são como o pó. Tem que ser limpas. Só assim o amor vence, mesmo que o sexo não encaixe muitas vezes no corpo que se ama. Feitas as contas, o que é o sexo? Se o importante é o amor, que é sinónimo de verdade.
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