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… Um dia de cada vez. Hora a hora, a ouvir os ponteiros do relógio. Devagar. Muito devagarinho, mas nunca parado! Assim me sinto hoje. Não sei porquê. Trabalhei muito e resolvi muitas coisas que tinha pendentes até esta hora. Não sei o que se passa. Talvez seja do tempo, ou até da falta dele. Olho para cima onde tenho um quadro de cortiça e roubo algum tempo ao meu tempo, só para parar e olhar a este quadro. Parece uma coisa idiota, não é? Mas não! São uns minutos meus e de muitas recordações. Tantas quantas aquelas que cabem nele e que ali estão em cima umas das outras convencidas da sua importância. Tenho saudades das imagens que ali estão retratadas. Algumas não voltam nunca mais daquela forma, mas outras vão chegar e esconder – porque o quadro é pequeno – outras que se perdem no espaço e no tempo mas que ficam na memória. Não me envergonho de revelar uma lágrima e uns sorrisos porque a olhar para aqui, vejo que cinco anos passaram a correr. Talvez eu não devesse corer tanto, lado a lado com o tempo ou contar ele. Acho que tenho obrigação de ter um quadro maior e ainda mais cheio, por isso é importante viver um dia de cada vez. Hora a hora, a ouvir os ponteiros do relógio. Devagar. Muito devagar por vezes. Mas nunca parado. Claro!
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