Por
… Esta conversa é só entre nós os dois. Olhos nos olhos, sem medos nem receios. Se preciso for é de joelhos que estou frente a ti. Estranho tratar-te por ‘tu’, mas a realidade é que ‘privamos’ há muito tempo. Por isso permite-me esta conversa. Não te zangues. Não tens razão para isso… também não estou zangado contigo, era o que faltava! Mas confesso e imploro aqui, a teus pés se for preciso, que derrubes esse manto enorme, quente e imaculado da coragem para que me sinta teu protegido. Preciso, rogo, como rogarão outros tantos que têm medo e que te sabem aí. Existem ‘Nossas Senhoras’ para tudo, quero-te para mim, Nossa Senhora sem Medo. Mesmo que sejas só minha e fruto de um desvario meu, sei que não estou louco. Sei que me escutas e entendes, como só as mães entendem os filhos, mesmo que eles não saibam. Mesmo que não te queira, preciso-te! Que porcaria esta de ter medo daquilo que não conheço, do que não quero repetir, do escuro, do vazio, do que pode acontecer, do que pode não acontecer … que estranho que é o medo, não é? A única maneira de lidar com ele é enfrentá-lo. Sozinho? Não! Mesmo que pareça só, vou sempre contigo. Posso? Por isso, te pedi esta conversa olhos nos olhos, só entre nós os dois. Mesmo que não me respondas,  – por falta de tempo – sentirei a resposta quando a entenderes necessária. Podem chamar-me maluco, mas se preciso for, é aos teus pés que me ajoelho, para te implorar menos medo. Que estranho tratar-te por ‘tu’, antes tivesse a coragem de tratar por ‘tu’ este medo que sinto.
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