… Aqui de onde te escrevo tenho a cabeça baralhada. As certezas transformadas e a noção exacta de que dei o que não devia ter dado a muita gente. Confiança. Afecto. Verdade. Aqui de onde vos escrevo, apenas pergunto se valerá a pena continuar assim ou mudar de rumo? Aqui onde me escrevo fico ainda sem saber – neste exacto momento – que vazio é este que sinto, quando devia pelo menos ter-me como companhia. Aqui, de onde escrevo não vejo nada. Não que esteja escuro, mas porque escura está a esperança de ter feito algo arrado. Aqui de onde te escrevo, querida consciência, espero que me desculpes. Aprende que na vida, nem sempre se faz o que se sonha, o que se quer e o que se deseja. Fazemos muitas vezes aquilo que a consciência dita, mesmo que seja um ditado errado. Aqui onde me vejo, não me envergonho agora, mas tenho medo de me envergonhar mais tarde… Mas volto aqui, ao lugar onde vos escrevo.
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