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… A noite é mais perigosa. Mais excitante. Mais amiga de maus conselhos? Não sei se será mas sei que é na noite que se escondem outras vidas e outras formas de pensar. É no escuro que se confundem os afectos e se baralham os desejos. A noite é companheira de medos – como disse o poeta – mas é também abrigo de muitas solidões que se disfarçam muitas vezes de mundanas. Onde estará a verdade e a mentira no meio da noite? Talvez não se perceba muito bem onde começa uma e acaba a outra. Não sou um apaixonado pela noite, mas apaixono-me facilmente pela fina linha que separa a noite do dia. O “lusco-fusco”, como se diz na minha terra. Essa é a altura em que o sol desaparece para dar lugar a uma lua, que não sendo nossa companheira – o sol é ciumento – nos observa. Não nos aconselha, mas deixa-nos ir. Não nos diz para onde mas tem a obrigação de nos iluminar o caminho…
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