… Há uns dias lancei aqui o desafio “da carta”. Obrigado, no meu apartado recebi 117 respostas. gente que ainda gosta de escrever e que não se “esqueceu da sua letra“, como me disse alguém num destes escritos. Estou a ler todas. Só hoje as recebi, porque só hoje me foram entregues no apartado. Já li algumas, já abri todas… obrigado pelo carinho. Obrigado por terem aceite o desafio e acima de tudo obrigado pela honestidade com que escreveram algumas coisas que já li… Prometo responder a todas. A verdade é que uma carta é um estado de alma, e hoje enquanto as inda abrindo e lhes passava os olhos por cima mesmo na diagonal, fui-me dando conta das voltas que a vida deu. Nem foi preciso pensar muito, mas apenas ler as memórias que cada uma das pessoas que me escreveu tem de mim. Em determinada situação, em certa altura, um momento, um sorriso, uma frase dita fora de tempo… curioso! O tempo passa, e alguém me perguntou “deu conta que está mais giro, exigente mas também mais distante das pessoas?”. Juro que não tenho esta noção, mas vou reflectir sobre o assunto. Sei que estou mais giro e que continuo exigente, mas honestamente fico triste de me imaginar distante das pessoas. Não sou. Não quero ser distante.
A vida dá voltas, muitas, mais do que imaginamos e muitas vezes mais do que queremos. Nesta tempestade de pensamentos, dou-me realmente conta que – não ficando distante – me afastei de muitas coisas, deixei algumas prioridades, mas acredito que o fiz em prol de outras que seriam igualmente importantes. Peço a Deus – em quem confio plenamente – que me envie uma carta e me diga se tive ou não razão quando fiz as minhas escolhas. Aprendi com todas é certo, mas é também doloroso se chegar à conclusão que foram erradas e que me fizeram sofrer em vão.
ps. Se Deus for moderno, não me importo que me mande uma sms. A resposta chega mais rápido, e estou precisado dela, ok?
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