… Nao me chegam os dias que tenho no calendário nem as horas que o meu dia tem para que o pensamento se concentre apenas no óbvio. Não me chega o pensamento e não me é suficiente pensar. Agora, era meter a cabeça dentro de um balde de água gelada onde ali ficasse inerte e sem espaço para pensar em nada nem em coisa nenhuma. Uma das piores coisas que se pode fazer a uma pessoa é garantir-lhe que o silêncio ‘é o melhor remédio’, que ‘o calado vence sempre!’. .. Não sei se será assim, mas não estou muito convencido disso. De boca fechada, gritam-me os pensamentos. Não gosto de os ouvir gritar, porque não gosto de pensamentos destes. Tenho nojo deles. Dos pensamentos, dos gritos e das causas de um e outro. Estamos nisto, eu e o meu pensar, há alguns dias. Está na hora de adormecerem para pararem de se manifestar tanto. Aguentarei estoicamente como o faço quase sempre sob pena de sair a perder. Mas em silêncio, como me ensinaram em pequenino, caso contrário, a vida passa factura. Eu terei o meu lixado feitio, mas, sem modéstia nenhuma digo que tenho a enorme qualidade de ser uma pessoa boa. Uma pessoa, com erros e acertos, que acha que as pessoas não têm o direito de nos fazer mal, muito menos quando só lhes fazemos bem (pelo menos pensamos isso). Eu sou exigente, exagerado perfeccionista. Mas sou uma pessoa. Não uma pedra!
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