… Aqui de cima o que vejo é uma nuvem. Não sei se é bom ou mau. Mas é uma nuvem! As coisas estão complicadas, inesperadas. Não se luta, não se procura e não se investe a troco de nada. As coisas estão frias. Geladas, mas não escondo que as queria quentes e a escaldar, como nunca escondi que não gostava delas mornas. Não gosto de cinzento, de estar em cima do muro, claro que não gosto de nada morno. É coerente não é? Sou uma pessoa complicada de gerir, sou único – pode ser mau não digo que seja bom – mas a verdade é que todos somos diferentes, todos temos que ceder, todos temos que avançar – se o quisermos lado a lado – com a certeza que nada é como está nos livros. Aprendemos todos os dias na complexa realidade que é a nossa estrada. Hoje é assim, amanhã será diferente e no dia seguinte volta a ser como é hoje. É assim com todas as pessoas porque não pode ser comigo? Não tenho esse direito? Claro que tenho. Se sempre, e em cada coisa que vivo, me entrego de corpo e alma. Mesmo que o corpo sofra os estados em que a alma fica quando se é assim.
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