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… O meu Natal foi igual ao vosso. Pelo menos à maioria. Cheio de cor! Uma mesa posta como manda a tradição em casa da mãe durante toda a noite, com os irmãos à volta de um aquecedor – a minha mãe não gosta de lareira – e muita conversa. À meia noite a alegria da minha filha com o brilho nos olhos de quem vê o Natal com cinco anos de idade. Muita esperança e a fantasia de quem ainda acredita que o velho das barbas, não veio, mas mandou os presentes pelo pai, pela avó, pela mãe, pelos tios, pelos primos, por muita gente… Tanta que confesso um exagero os presentes que a Leonor recebeu… Mas enfim, acho que faz parte! Os sonhos com cheiro a canela, o bolo de bolacha exageradamente doce, a carne com farinheira, o bacalhau verde, as discussões que só fazem sentido em família. Tudo o que aconteceu neste ano, no ano passado, e no outro antes e há dez anos atrás… uma mesa cheia de gente dá nisto. Muita conversa entre um doce e outro. A missa do galo, uma praça gelada enfeitada com garrafas recicladas. O bater da porta constante de mais alguém que chega para deixar um presente debaixo da árvore… Não comprei nenhum presente. Há cinco anos que não compro. Recuso-me a participar no festival que se torna a quadra. Não por falso moralismo, do género “o Natal não é consumisto!”. Não! Apenas e só porque resolvi poupar a minha cabeça e a minha carteira…
ps. Sabem o que me tramou? A Leonor, que no dia 24 diz assim, “pai, o Pai Natal também tem que me deixar coisas para eu levar á avó, aos tios, à Carolina, à Margarida, à Carlota”… enfim. Estão a ver o filme, não estão?
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