… Filipe Faísca tem qualquer coisa de muito bom dentro dele. Não existe um desfile que faça que não surpreenda, não falo apenas do aspecto cenográfico, falo de tudo. As suas peças são obras de arte, talvez por isso tenha apostado numa surpresa com a Joana Vasconcelos que criou o call-center que serviu de base a tudo. Foi bom, mas o melhor é a criatividade do Faísca, que homem tão bom! Que criador de excelência… eu nunca lhe disse, não sei se alguém algum dia lhe terá dito, mas Portugal é pequeno para um criador como Filipe. Aposto que sim! Que se ele quisesse fazia sucesso noutro lugar qualquer do mundo onde a criatividade não tivesse limites e o mundo onde se metesse não fosse tão coberto de inveja e meia dúzia de lobbies. Filipe mistura o vendável com a fantasia, e talvez aí esteja a diferença. Ele mistura bem o que é arte, criatividade e outra coisa qualquer que muitos estilistas fazem mas que não se percebe o que querem fazer ou onde querem chegar. No caso do Filipe, toda a gente pode usar as suas criações. As suas riscas, as suas peças leves, os seus pretos, nudes… Ele cria para vestir a mulher, não para as peças serem fotografias, filmadas e esquecidas. Este ano voltou a invadir a passerele com a certeza de que aquilo não era um desfile. Era um espectáculo onde até a banda sonora ajudou. Veja o aqui o desfile que apresentou sábado na Moda Lisboa e orgulhe-se. Eu orgulhei!
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