… Vou repetir-me ao elogiar-lhe o carácter e maneira de ser, mas não me importo. Não me importo de parecer lamechas ao elogiar–lhe a graça, o sentido de humor e a capacidade que tem de lidar com a vida, mesmo quando esta lhe prega partidas. A vida é assim, e Laura Ferreira, aos 50 anos, já sabe isso, mas talvez seja bom ouvir alguém dizer que gostamos muito de si, que os olhos estão postos na sua recuperação absoluta e rápida e que quem acredita pede para que isso aconteça. A nossa relação é recente, tem a idade do nosso primeiro-ministro, enquanto tal. Política à parte, a Laura sempre me pareceu a mulher exemplar, que sabe estar onde deve e que nunca tencionou ir mais à frente do lugar que lhe era dado no contexto público. Talvez agora, e de forma involuntária, seja obrigada a fazê-lo. Quando lhe liguei naquela manhã gelada e conversámos notei–lhe a voz firme, a mesma de com quem falei a primeira vez há anos. O meu nervoso era o mesmo, ainda que por razões diferentes. Importa agora dizer-lhe, querida Laura, obrigado! Por ter confiado em mim, por estar aí desse lado com a força guerreira de uma mãe absolutamente amada e indispensável, de uma mulher desejada, de uma profissional acarinhada e de uma Laura muito respeitada por todos. Deste lado, lembro-me de ter ficado emocionado com o relato que me fez, e que nunca na vida irei tornar público, além da parcela para a qual que tive autorização. Emociono-me com corações corajosos que encontram na adversidade a certeza de uma luta que é preciso vencer custe o que custar. Por isso me emociono com a Laura e com a sua história, sendo mulher de Pedro Passos Coelho, ou de outro Pedro qualquer.
Por saber isso é que acredito que confiou em mim.
Espero ter estado à altura.
Mil vezes obrigado!
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