… Os pés na areia trazem-nos sempre recordações. De outras vezes que metemos os pés na areia e das vezes que o voltaremos a fazer. Este fim de semana fui, pela primeira vez este ano, à praia. Quieto no meu canto ia pensando que o pisar do areal pode ser um desfilar de memórias. Muitas memórias, umas que ficam outras vão desaparecendo. Exactamente como as nossas pegadas na areia. Quando olhamos para trás umas estão marcadas, firmes e nem a espuma das ondas as faz desaparecer, e outras no entanto desaparecem com o sopro de vento. Tenho dentro de mim todas as pegadas. Não sou pessoa de fazer desaparecer as coisas com um sopro. Talvez com o caminhar do areal as pegadas, apesar de não desaparecerem, vão ficando longe, longe, muito longe e não desaparecem da areia mas vão desaparecendo da nossa vista. Foi um pensar no primeiro dia de praia numa areia onde já pisei tantas vezes num mar que é testemunha de tanto estados meus. Estive ali outra vez da cabeça aos pés. Com os pés na areia!
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