… Pensei um bom bocado antes de escrever este post, mas a verdade é que se não o fizesse não seria Eu. Numa altura em que falamos das capas de Joana e trinta por uma linha, esta capa não nos pode passar ao lado. Se a Joana reclama que fez as fotografias nua pela liberdade feminina, Eu digo que o Diogo Infante sem de despir nem dar ares de grande mestria fez muitíssimo mais pela liberdade do que milhões de campanhas. Esta capa que a revista Lux fez com o Diogo traz uma normalidade ao assunto da adopção por pessoas do mesmo sexo, ao amor entre iguais, à discrição que se pode ter e – muito importante – ao facto de se contar uma coisa privada, com a elegância com que se pode fazer e transformar isto num belíssimo exemplo. Não sei se seria esta a ideia do Diogo, talvez não fosse, mas a verdade é que ver um actor desta tarimba, com este caminho profissional e mediático fazer estas afirmações e falar abertamente do seu filho, da normalidade dentro de casa, do que foi casar com o homem que ama e escolheu para dividir a sua vida…  Tudo isto num tom normal, vai exactamente ao encontro do que sempre achei, que as causas – se é que se pode chamar uma causa à liberdade de amar o mesmo sexo – não se fazem aos gritos numa rua, vestidos de lantejoulas com cartazes coloridos. Podem e devem fazer-se assim. Com uma mensagem limpa, honesta, verdadeira. A revista Lux e o Diogo Infante fizeram hoje pela homossexualidade e a sua normalidade muito. Muitíssimo. A coragem faz-se disto. Tanto pelo protagonista como pela publicação. Parabéns!