… E de repente começou a chover. Ainda não era dia, mas quase. E eu ali especado à procura das chaves de casa com a mala na mão e a água a esconder as lágrimas. São Pedro foi generoso comigo, para que não me sentisse mal, mandou vir água para se misturar com lágrimas. Assim, quem vê, nunca sabe se estou molhado da chuva se das lágrimas. O dia fez-se dia. Começaram os barulhos da rua, a urgência de passar o tempo. O tempo que não nos dá licença para parar nem um minuto, mas que anda devagar quando queríamos que corresse. De repente chove ainda com mais força.
… De repente…
in. manhã de 29 Dezembro 2012
SUBSCREVER E SEGUIR