…  Hoje a falar aqui na internet aquela me dizia ‘não conheço bem o Cláudio, conheço o boneco que tu fazes, e não sei se isso é bom’. Não é bom nem mau, digo eu é o que é, vale o que vale. Esta coisa se estar sempre a ‘levar’ com a imagem publica que tenho já me está colado à pele. Agora devo dizer que na prática somos todos mais que um. Somos pelo menos três pessoas. Aquela que os outros acham, aquelas que nos queremos que achem e aquela que somos verdadeiramente… e podem existir mais. Muitas mais, depende de quem somos, de como somos e das circunstâncias da vida. Mas há coisas que não se podem controlar e uma delas é o que pensam de nós. Mesmo que se viva metade do nosso dia a fazer questão de mostrar o contrário numa altura em que acreditamos que isso vale a pena, na verdade não sei se vale muito a pena, porque tal como respondi, ‘são poucas as pessoas que conhecem o Cláudio por inteiro’, serão mais até morrer, porque gosto de conhecer gente, mas tenho o maldito feitio – ou maneira de ser – de só me revelar por inteiro a quem escolho fazê-lo. A quem acho que merece. A conversa acabou por fluir, normalmente, e no final já a pessoa dizia ‘afinal não és só o  que pensava!‘. Afinal, nunca somos ‘só’ o que os outros pensam. Nunca! 

Foi só um desabafo!