…
Deixem-me estar aqui no meu canto sozinho a ouvir a minha musica
foleira e a olhar para dentro. Não quero fazer mais nada! Não
quero? Mas não tenho outro remédio. Quem vai ao super por mim fazer
as compras, levar a roupa à lavandaria. Tenho ali ao canto um saco de roupa branca para levar e o frigorífico está vazio. Há dias assim… mas tenho de pegar no carro ir às amoreiras
e tentar comprar coisas que me cheguem para dois ou três dias. Tenho
a paranóia de comprar muita coisa e depois perder a validade. Muitas vezes os iogurtes passam do prazo e o fiambre
fica seco sem graça nenhuma. Queria ficar aqui à espera de uma boa
noticia, mas não vale a pena ficar sentado à espera. A melhor
solução é sair e procurar por ela. Pode ser que num desses sacos
que trago do super mercado venha lá qualquer coisa de bom, não
apenas doce. Mas que me alegre o dia. Aliás, esta é uma péssima
altura para enfrentar prateleiras porque neste estado tenho tendência
para comprar só porcaria. Chego a casa, visto uma daquelas roupas
gastas, enfio-me no sofá com uma manta quente, com o aquecedor
ligado e farto-me a comer tanta porcaria. Vingo-me assim no sabor da
boca e nos prazeres do corpo as crises de um estado de alma. Vamos
ver o que acontece! Tenho de ir, mas gostava de ficar aqui!
Deixem-me estar aqui no meu canto sozinho a ouvir a minha musica
foleira e a olhar para dentro. Não quero fazer mais nada! Não
quero? Mas não tenho outro remédio. Quem vai ao super por mim fazer
as compras, levar a roupa à lavandaria. Tenho ali ao canto um saco de roupa branca para levar e o frigorífico está vazio. Há dias assim… mas tenho de pegar no carro ir às amoreiras
e tentar comprar coisas que me cheguem para dois ou três dias. Tenho
a paranóia de comprar muita coisa e depois perder a validade. Muitas vezes os iogurtes passam do prazo e o fiambre
fica seco sem graça nenhuma. Queria ficar aqui à espera de uma boa
noticia, mas não vale a pena ficar sentado à espera. A melhor
solução é sair e procurar por ela. Pode ser que num desses sacos
que trago do super mercado venha lá qualquer coisa de bom, não
apenas doce. Mas que me alegre o dia. Aliás, esta é uma péssima
altura para enfrentar prateleiras porque neste estado tenho tendência
para comprar só porcaria. Chego a casa, visto uma daquelas roupas
gastas, enfio-me no sofá com uma manta quente, com o aquecedor
ligado e farto-me a comer tanta porcaria. Vingo-me assim no sabor da
boca e nos prazeres do corpo as crises de um estado de alma. Vamos
ver o que acontece! Tenho de ir, mas gostava de ficar aqui!
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