… Despem o Lourenço e fazem-lhe isto!

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… Começo este post por dizer que acho muita graça ao Lourenço Ortigão, que apesar de estar longe de ser um grande actor, tem trabalhado para isso e não se importa de assumir que o seu crescimento na carreira tem sido feito lado a lado com a imprensa numa relação paralela entre romances e exibição de abdominais. Nada que a maioria não faça e nada pelo qual deva ser condenado. Acrescento ainda que para a idade que tem, não é difícil manter o corpo no sítio certo e já nos deu provas disso, mostrando-o na televisão e em alguma revistas. A GQ faz este mês uma produção com o Lourenço. A capa está genial, não é original, nem nada que nunca se tenha visto, mas está bonita e será de fácil venda… o pior vem depois. Nunca vi uma produção masculina feita a este nível tão má, como talvez esta do Reynaldo. Lembram-se? Parece uma coisa amadora. Até o Lourenço que tem um corpo acima da média fica, como ali está, numa produção que só não é medíocre, porque no meio de fotos desastrosas e de uma péssima paginação, estão algumas boas fotografias. Muito boas! Mas existem três fotografias que tornam o trabalho fatal. Uma onde aparece o rabo de Lourenço sem nenhuma justificação na linha editorial que ali se justifique (claramente inspirada na tal produção do Gianecchini) numa posição fatal e ainda uma onde baixa as cuecas e onde parece que está à espera de uma vacina. Tenho pena! Claro que tenho, porque o rapaz tem tudo para fazer uma grande produção destas. E esta está fraca e muito abaixo do que se poderia esperar para uma revista como a GQ. Há um lado positivo, porque aos poucos estamos a colocar de lado a ideia de que apenas as mulheres podem ilustrar revistas, afastando assim de todos a célebre ideia de que se explora na imprensa apenas o corpo feminino. E deixem-me terminar dizendo que não vale a pena pensarem que eu invejo os abdominais do Lourenço, os braços do Lourenço, o rabo do Lourenço. Eu estou muito contente com o meu corpo a caminho dos 43. Eu só queria que quando se fizesse uma coisa destas, não se fizesse com vergonha e não se fizesse com o sentido ‘meio feito’. Que se fizesse com tudo e pronto. Bem feita já seria um começo. 

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