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Dizem que Lisboa ama. Eu sei que sim. Eu tambem amo, amo-te a ti…. A cidade hoje está mais triste. Acordo e estou sozinho. Abraço-me à almofada do teu lado e consigo sentir o teu cheiro molhado. Tento organizar a minha rotina e estou sempre pendente do telefone à espera que me chegue um sinal teu… Ando na rua, vagueio de carro entre a baixa e o Chiado, hoje está mais triste. Vagueio eu e vagueiam as pessoas que se cruzam comigo e me fixam o olhar. O Chiado é o centro de todas as culturas e estílos de gente. Aprendi a gostar dele por causa de ti… Dele e de sushi. Estou tão apaixonado por sushi, e confesso que cheguei a sentir ciúmes porque tu gostavas tanto e eu nem nunca tinha provado. Lisboa sem ti, fica mais triste. A Benard não tem graça, e nem me preocupo se pagar cinco euros por um sumo de laranja, porque fico inerte ali sem ti. Passam por mim dezenas de pessoas, no íntimo consigo imaginar que se estivesses ali farias mil comentários e distribuías outros tantos sorrisos. Lisboa fica mais triste sem ti. Logo Lisboa, a cidade de todos os amores, o cenário das grandes paixões… Foi no Chiado, uma das tuas paixões citadinas, que passearam Basilio e Luiza segundo Eça de Queiroz. Um amor meio proibido na altura. Dizem que não há coincidências…
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