… Definitivamente o mundo onde vivemos é o vale tudo para se tentar ser alguma coisa, quando não se consegue ser mais nada! Não acredito que a minha geração se identifique com pessoas como a jovem que acabou de ser expulsa da ‘Quinta’, nem do rapaz que foi o ‘pivot’ da expulsão. Não vale tudo para ‘dar canal’. Acho que as coisas não devem funcionar assim. Foi um espectáculo triste, deprimente e gratuito. Um programa do género pode ser feito com graças, brigas, expulsões e trinta por uma linha, sem entrar nisto no segundo dia de emissão. A miúda, que vem sabe Deus de onde, até pode ser um encanto de rapariga com a família, os amigos e os vizinhos, mas estava convencida que se tornaria numa espécie de ‘mulher de armas’ se fosse para o programa gritar com o primeiro que aparece, dizer asneiras, e desatar aos estalos. Que faria muitas presenças e estaria em todas as revistas. Mas que mundo é este, onde se acha que se faz notar por dar um soco ao que lhe aparece à frente. Eu, que sou um fiel seguidor de programas do género, ainda não me fixei neste porque os meus horários não permitem. Eu jamais criticarei quem entra para vencer e quem usa isto como janela de oportunidade. Eu passei por um, tenho um irmão que venceu outro, mas acho mesmo que não adianta inventar-se um esquema. As pessoas não são burras. Eu não acho graça a discussões violentas e gratuitas. Esta miúda que foi expulsa foi violentamente ofensiva, e ele, o pivot da discussão, foi gratuitamente provocador. As pessoas têm dois dedos de testa, e sabem que ninguém ‘explode’  com aquele grau de parvoíce dias depois de entrar. Isto tem um nome: vontade de aparecer custe o que custar. E não vale tudo. Acho eu!