… Ele nunca teve ‘amor’ nenhum!

Por
…Marco
Paulo prepara-se para celebrar em grande 50 anos de carreira, quis
conversar com ele e recebeu-me em sua casa. Falamos de tudo, da
carreira, mas também do amor, da falta de uma paixão, que assumiu que nunca teve, do medo da
morte e da saudade da mãe… A Conversa foi publicada esta semana na TV Mais e pode ser vista na integra neste video.



Como
te sentes com esta idade e a celebrar 50 anos de carreira?

Sinto-me muito bem, sabes que desde sempre tenho a ambição de
celebrar esta data. Estou nervoso com o que se aproxima, com os
espetáculos que tenho preparados para o ano que vem…
Estás
nervoso? Mas achas que ainda tens que provar alguma coisa alguém?

Tenho sempre, não te iludas Claudio, enquanto estivermos em
exercícios das nossas profissões temos sempre que provar, mesmo que
não pareça, estamos sempre a ser julgados pelos outros. Não é que
isso me tire o sono, mas deixa-me preocupado, porque eu quero agradar
às pessoas que me vão ver. Óbvio!
Fala-me
um pouco de ti. Eu tenho a noção de que és muito sozinho

Não sou sozinho, faço tudo aqui em casa. Tenho tudo aqui à mãe.
Os meus compadres, a minha comadre o meu afilhado, recebo aqui
amigos, não muitos mas bons. Sinto-me bem aqui. Eu não gosto da
confusão só porque é confusão. Se estou aqui bem, porque tenho que
sair?

quanto tempo não vais a um centro comercial?
Ui!!
Acho que fui uma vez… E sabes quem me levou? A Cinha Jardim, nem me
lembrei porque, mas não sou um grande fã
Diz-me
uma coisa, em tempos foste eleito o solteiro de ouro, mas não te
conheço nenhum amor
Nem
tu nem ninguém (risos), mas não quer dizer que não os tive!
Tiveste?..
Deixa lá isso para outra conversa.
E
a história com a Maria José Santiago

É uma grande amiga minha, ainda o outro dia me ligou, conheci-a há
muitos anos no meu programa, mas nunca fomos namorados.
Pergunta
direta:

nunca te apaixonaste?
Não. Nunca!
Mas
porquê?

Sabes, eu acho que há uma altura em que temos que optar pelas coisas
certas, ou pelo menos as que achamos certas. Eu dediquei-me muito à
minha profissão, acredito que só assim valeria a pena… e acho que
se tivesse casado, já estava sozinho outra vez… isto passa tudo
tão depressa
Disseste-me
um dia que que a dor de receberes a noticia de que tinhas cancro, não
se pode comparar à da noticia da morte da tua mãe

Não! (emociona-se) não foi nada fácil nem uma coisa nem outra. No
caso da minha doença, eu segurei-me muito a uma fé que tenho em
Nossa Senhora de Fátima, o cenário era muito complicado e duro, mas
eu nunca deixei de acreditar. Nunca pensei no pior… no caso da
minha mãe, foi terrível. Cantei num espetáculo na noite antes de
receber a noticia de que ela tinha morrido, e até hoje não a
suporto a ideia. Fiquei sem chão…
A
tua mãe era a ‘luz dos teus olhos’

a minha grande amiga, a minha maior critica. Tenho muitas saudades,
E
teu pai?

O meu pai era diferente, não que não tivesse orgulho em mim, mas
era diferente. Era austero. Queria, talvez, outra coisa para mim…
Como
te vês daqui a dez anos?
Feliz,
olha se conseguir quero estar a cantar e tu aqui à minha frente a
fazer-em outra entrevista. Pode ser?
Pode!



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