… Ora bem, depois de muito se escrever e dizer eu fiquei quieto e calado, porque neste caso é assim que acho que devo agir. Hoje, e depois de perceber o que havia para perceber volto a sentar-me frente ao meu irmão Luis para falar com ele sobre o programa. Entrevisto-o a Ele, como entrevistaria outro vencedor que faz actualidade, mas faço-o com os olhos de um irmão mais velho. E ele responde como o vencedor do programa, com a voz do irmão mais novo!

–
Bem, isto parece-me um
‘dejá vu…‘ Pois, a mim também!

–
Vamos por partes. Esclarecer as pessoas definitivamente, porque
voltaste a entrar sem eu saber, quando antes me tinhas dito que não
ias entrar… Porque eu sabia que não querias que eu fosse e de tanto me chateares
a cabeça, eu acabava por desistir,

–
E isso era mau? Eu gosto muito de concorrer. E era mau, porque eu ganhei o prémio
(risos)

–
Mas isso não desculpa, mas deixa-me só perceber bem isto: Tu não
vês estes programas, criticavas-me porque via e falava deles, porque
insistes em entrar cada vez que te convidam?  Porque para mim é um desafio, e tu sabes que eu sou teimoso e
porque não tenho nada a perder, isto não me prejudica em nada…

–
Achas mesmo que não tens nada a perder? Não tenho.

–
Mas não ficas triste por veres a imprensa especular tanto sobre a
nossa família, tu sabes que ‘eles’ não gostam…. Juro-te que com esta entrada eu nunca pensei que desse tanto que
falar, porque eu pensei entrar e sair ao fim de duas semanas. Nunca
pensei que os jornais e revistas dessem tanta importância, já se
tinha dito tudo sobre nós.

–
Mas deste. Demos… Não achas que é uma factura alta? Eu sei que tudo isto passa e que daqui a semanas já nem se lembram
do que se escreveu nem do que faço eu. Tinham falado tanto de nós
por causa do teu Alta Definição, que juro que não imaginei que
voltassem ao mesmo.

–
O que tens tu para voltares a vencer o programa? Nada de especial, ou tudo o que os outros não têm. Eu vou para me
divertir e jogar. A partir de certo momento percebo se vale a pena
insistir no jogo ou ficar apenas ali a ganhar dinheiro.

–
E a partir de que momento percebes isso? Eu sou bom observador, e fui vendo quem ia saindo, como iam sendo as
coisas e tenho a minha maneira de jogar, que é aquela que sabes…

–
A de ‘pica-miolos’? (risos)… Não! Só quero que se perceba bem o meu ponto de vista.

–
A tua relação lá dentro foi mais forte com quem?  Com todos. À medida que vamos caminhando para o final vamos ficando
todo unidos, mas de repente tudo muda. Nada ali é igual no dia
seguinte,

–
Quem é que te dececionou? O jogo acabou quando acabou. Não me preocupo em pensar quem me
desiludiu lá dentro ou cá fora, porque eu não trago brigas do
programa para a rua. Joguei, ganhei e acabou. É só isto.

–
O que mais te custou ali dentro? A rotina. Já sabia sempre o que ia acontecer em termos de jogos e
desafios, e isso é aborrecido. O trabalho não me chateia porque
sempre fui acostumado a trabalhar e gosto. Sabes que gosto de
animais, nada disso me preocupou.

–
Cá fora, este foi um dos programas mais polémicos e agressivos, com
a Bibi e o Tiago a protagonizarem cenas muito tristes… lá dentro
como vivias isso?  Lá dentro não era grave, passava momentos depois. Não dou essa
importância toda.

–
No caso deles, quem tem razão? Os dois têm coisas boas, e coisas más. Não sei tudo sobre eles,
devem ter as suas razões. Eu não faria aquilo, não teria aquele
comportamento.

–
Mas tu também te ‘passaste’ com a mãe da Gisela…  Isso foi porque me pareceu que tinha entrado para me provocar e esses
jogos eu não aceito. A mãe da Gisela não era concorrente, a Gisela
assim. E com ela ia no jogo até onde fosse preciso, com gente de
fora não. Era o que faltava.. 

– Ias
mesmo desistir? Não me conheces?… Eu sou divertido, alinho em tudo, mas não gosto
que me façam de parvo.

–
Outra coisa importante, esclarece lá as pessoas que nunca nos
deixamos de falar… Então
se estou aqui a falar contigo, é porque não nos deixamos de falar!

–
Explica-me lá a história de chorares lá dentro por causa da minha
entrevista ao Alta -definição… Não chorei por causa disso. Senti-me pressionado. Lembrei-me de
algumas coisas, mas não chorei por causa disso, nem tenho nenhum
problema com isso.

–
Um assunto chato, foi a história de saúde que o pai resolveu contar
à imprensa. E para acabar com o assunto definitivamente da parte que
nos toca, porque os leitores merecem saber… Como está a vossa
relação? Como sempre esteve. É meu pai, tenho por ele o respeito de filho
para pai. Estou por dentro de tudo o que está acontecer, mas como
sabes não vivo com ele há muito tempo, mas sabes também que se
precisar de mim eu estou aqui. Já disse isto mil vezes e não quero
alimentar a história, que já acho feia estar nos jornais.

–
Eu também. Mudando de assunto. A Joana, senti-a próxima de ti, ou é
impressão minha…?  Não vale a pena. Já falei com ela somos amigos, e é assim que tem
de ser. Não vale a pena estar a tentar uma coisa, já o fizemos e
foi nome quantos durou. Agora acabou

–
Já tens namorada, e eu não sei?  (risos) lá estás tu.

–
Tens ou não?  Estou solteiro e vou conhecendo quem me apetece. Sou livre, novo e
posso fazê-lo.

–
Vais voltar a fazer isto?  Não sei. Agora estou cansado. Quero voltar às minhas coisas, aos
meus amigos, ao meu trabalho. Mas não te posso prometer que não!

–
Mas avisa, que eu não te proíbo de entrar. Juro!

A entrevista na integra foi publicada em TV Mais. pt