…Estreei-me há semanas no ‘Somos Portugal’ e se recebi muitas manifestações de satisfação por me verem lá, também recebo, de muita gente, criticas porque consideram que este formato não ‘é para o Cláudio que deixou a SIC’ que ‘o Cláudio não o devia fazer‘ que ´é descer de cavalo para burro!‘. Devo dizer que desde que acabou a minha edição do Big Brother, todos os dias recebo centenas (não estou a exagerar) centenas de mensagens de seguidores, espectadores, pessoas que apreciam o meu trabalho e as quais agradeço, respeito mas com muitas não concordo e explico: televisão é televisão. E para mim, só há dois tipos de televisão: a boa e a má. O ‘Somos Portugal’ é um programa, aos meus olhos, tão merecedor de me ter ali como foi o Big Brother ou qualquer outro formato com o que me identifique. O ‘Somos’ tem quase dez anos e por ali passaram grandes companheiros de trabalho numa equipa esforçada que mostra um País inteiro através do ecrã. Para mim, fazer o ‘Somos Portugal’ não só é um trabalho de apresentação que gosto, porque aprecio o formato – e já o tinha dito antes de imaginar um dia fazê-lo – como é talvez do mais próximo que temos das pessoas que nos vêem. A equipa que todas as semanas coloca o programa em casa de cada um, trabalha afincadamente para que a alegria de um Domingo seja a alegria estendida a muitas famílias. Fazemos um passatempo, damos prémios, temos musica popular, mostramos tradições, cultura e dançamos. Dançamos muito! Animamos o Domingo de quem nos vê e que tantas vezes não tem a possibilidade de ver o Portugal onde vive de outra forma. O ‘Somos’ é uma janela aberta para o País e eu estou agora dentro dela com a maior satisfação. Não gosto por isso que alguém sequer pense que o faço porque não tenho mais nada para fazer, não gosto que a imprensa escreva títulos como ‘Cláudio atirado para o Somos’, como se este fosse um formato menor. Na minha cabeça não funciona assim. Eu sei, e não vou mentir, que há muitos profissionais de televisão que também pensam isso, e por pensarem assim é que se torna legitimo que muitos espectadores se sintam no direito de pensar o mesmo e a imprensa reproduzir a seu belo prazer títulos levianos que tentam não só diminuir a minha capacidade como reduzir o formato a uma coisa qualquer. Errado! É importante também dizer que de tão exigente que é, nem todos os profissionais conseguem fazer bem um ‘Somos Portugal’. É assim que deve ser visto e não de outra forma. Quando a televisão é feita de verdade nota-se nos olhos de quem a faz e sente-se no encanto de quem a recebe, por isso, todas as vezes que fiz o programa recebi muitas manifestações de alegria. Sou energia da boa, porque é essa energia que quero passar às pessoas. Eu canto, mal mas canto. Eu danço, mal mas danço. Eu fui acolhido pela equipa como se fosse um deles há muito tempo e sem dar por ela a tarde passa rápido e eu chego a casa cansado mas feliz. Foi exactamente como o outro dia expliquei no meu instagram, ‘chego Cansado. Cansado e feliz, porque sei que no Domingo fiz muita gente feliz. Fiz Eu e Fizemos todos porque em televisão nada se faz sozinho. Acho que é assim na vida. Mas a televisão é vida! Pelo menos para mim’ . Mantenho o que disse e reforço que fazer parte do leque de apresentadores que fazem a história do domingo à tarde na TVI não só me deixa orgulhoso como me engrandece como pessoa, porque importante, importante, importante para quem faz televisão por coração e não por vaidade, é chegar à casa de quem a vê porque precisa dela… isso é que importa. A roupa, o penteado, o brilho, as escadarias, e tudo o resto é bonito, faz parte, todos gostamos, mas são só acessórios. Boa televisão é feita por bons profissionais estejam eles a descer uma escadaria iluminada ou em cima de um fardo de palha. O ‘Somos ‘ é um belíssimo formato com belíssimos profissionais. E eu estou na equipa sempre que entenderem que devo estar! Era isto que queria deixar claro.
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