… Fui ter contigo ao mar (Acreditas?)

Por

… ‘Podes achar estranho, mas sabes que eu sou estranho. Podes não achar nada porque tu também és estranho. A verdade é esta. Hoje acordei com um aperto grande no peito, fiz a minha rotina e assim que consegui fui ter contigo ao mar. Bastou-me olhar para ele para te ver. Como se te sentisse respirar. Respirei fundo uma ou duas vezes. Vezes muito seguidas, para que o cheiro que tinha comigo não desaparecesse. Subi e desci aquilo com a certeza que o estava a fazer no caminho certo. Como o faria eu? Ambos sabemos que o meu sentido de orientação é nulo. Mas fiz. Senti-te sempre ali à minha frente a abrir caminho e a dizer-me para ter cuidado.  Estes dias tenho-te tido muito presente pela muita falta que me fazes. Escuto o que tens a dizer das coisas que tenho para te contar. Tu, lá na tua maneira estranha de ser, mandas-me uma resposta que tento absorver, filtrar, traduzir para a realidade dos homens e ver o que faço com ela. Sabes que não sou de confiar como confio em ti. Talvez por isso, porque preciso de conselhos, por muito estranho que achemos, tu e Eu, agarrei em mim, subi e desci aquilo tudo, e fui ter contigo ao mar.’

 

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