Não sei se me apetece que chova ou que esteja frio. Fui feliz no tempo quente e talvez não fosse má ideia pedir a São Pedro – ou a quem for – que não se dê ao trabalho de mudar as coisas aqui por baixo. Apetecia-me parar em Agosto encostado aos desejos que me inundaram todo aquele mês. Se era bom ou mau isso já dependia dos desejos de cada um e da vontade de os realizar.
Na rua está tudo a correr atrás de presentes em papel de embrulho colorido. Não há dinheiro todo o ano, mas empenham-se na vontade de mostrar que é bonito andar de loja em loja carregados de sacos para distribuir na noite de Natal. Nada me parece mais idiota nem ridículo. Eu não compro um único Presente. Não cultivo o dar e receber nesta época. Eu não mando uma única sms a desejar bom Natal e agradeço até que não me enviem a mim. Gasta-se tempo, dinheiro com votos frios de gente que muitas vezes já nem está na nossa agenda. Cada um faz o que quer com o seu tempo e o seu dinheiro, mas não é raro ver tudo a queixar-se disto e daquilo assim que passa o dia seis de janeiro. Muitos, aliás, nem sabem o que é o Natal. Onde começa e onde acaba. Pensem nisso!
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