Estava sentado numa esplanada frente ao rio neste sábado meio chuvoso. Já tinha devorado toda a imprensa do dia, quando de repente cometo o pecado de fixar os ouvidos num grupo de meninas histéricas que comentavam aos gritos, para todos ouvirmos, as aventuras da noite enterior… A aventuras da noite anterior destas meninas entre os vinte e trinta anos resumiam-se a um jantar no Sushi e a uma despedida de solteira onde ficaram encantadas com o vulto frontal do striper e o rabo firme que apalparam todas… Estavam histéricas. Despropositadamente histéricas. Não sou puritano e muito menos um santo. Mas incomóda saber que muita da minha geração está entregue a este tipo de gente. Acho que podem ir a despedidas de solteiros, a casas de putas, podem foder a três e a quatro se quiserem, mas não devem fazer disso uma bandeira. Não devem gritar para que todos escutem como se fossem adolescentes prontas para beber até cair… Mais grave ainda se torna, quando o tema é “futuro”, e as ditas meninas não opinam, encolhem os ombros e ficam inertes à espera que os pais lhes paguem a renda da casa e lhes lavem a roupa. Este não é o meu mundo! Não que nunca tenha visto um strip, ou bebido até cair ou talvez feito muitas loucuras sexuais, mas a verdade é que a minha prioridade não é contá-las no dia seguinte numa esplanada. Acho isso idiota, só pode vir de gente geneticamente idiota.