…
Para ser franco esta
conversa com João Mota estava agendada há já algum tempo. As
agendas de um e de outro foram-se atropelando e só agora foi
possível. Ainda bem, que foi agora, porque encontrei um João menos
tímido, ‘ainda
inseguro em algumas situações, mas acostumo-me a lidar com isso’.
O nosso encontro dá-se à hora de almoço numa espécie de sua
segunda casa em Lisboa, a agência Elite, ‘que
em boa hora apareceu na minha vida, porque juntou aquilo que eu
queria e sinto-me nas mãos dos melhores profissionais. O hélio
(director da agência) é além de meu agente um grande amigo‘.
Quando lhe liguei para marcar esta conversa o pretexto era o facto de
estar quase a estrear a nova novela, ‘Poderosas’ na SIC onde João
terá um desafiante papel, ‘farei
de agressor sexual. Não posso contar muito mas é um papel de enorme
responsabilidade e altamente desafiante. O Henrique tem 32 anos e
agrediu física e sexualmente da prima de quem gosta…‘
e não me conta mais, mas não se cansa de agradecer a oportunidade e
elogiar as produções da SIC, ‘que
estão ao nível do melhor que se faz. Para mim estar num elenco
assim é um sonho que não calculas!’.
Claro que calculo, e era este o teu sonho de infância?
‘Ui! eu quis ser tanta coisa quando era criança. Tanta coisa que nem
imaginas…’.
E fala-me com os olhos postos na lembrança daquilo que imaginava
quando era criança, ‘eu
passava muito tempo sozinho, ainda hoje gosto de estar sozinho. Na
altura os meus pais trabalhavam muito… Eu via muita televisão e
tinha muito tempo para imaginar tudo…’ interrompo-o
e pergunto se ser actor é definitivamente a sua paixão, ‘mas
não duvides disso. Sou actor, trabalharei muito para fazer cada vez
mais e melhor e para não decepcionar quem acredita e aposta em
mim!‘,
e a moda? ‘farei
o que achar engraçado de fazer, não nego que gosto e a mim, que
sou uma pessoa insegura, também me ajuda de alguma forma’.
Insegura! João Mota não tem nenhum problema em assumir que sente
alguma insegurança e vai mais longe, ‘na
verdade só aos dezasseis anos comecei a viver, a gostar de mim, a
tentar encontrar algo que agradasse aos outros. Era meio gordinho…‘
João tem a cabeça no lugar, está maduro, e crescido. O seu
crescimento não é só físico, ‘gosto
de praticar exercício físico nunca escondi e adoro desporto!‘,
mas onde lhe noto maturidade é na conversa e nos objectivos,
‘passei um bocado complicado quando saí da Casa dos Segredos, não
vale a pena entrar por aí, não quero nem tenho que me justificar de
nada, mas a verdade é que se disseram coisas de mim que não se
devem dizer. Eu tinha 21 anos ouvi e li coisas que deixariam qualquer
um de rastos. O que fazia, como andava, porque fazia, o que comia,
com quem andava, o que queria… exagerou-se muito!’.
Não se emociona, mas noto-lhe um nó na garganta que me leva a
perguntar se está magoado com a imprensa ou com alguém, ‘não!
As pessoas ganham o respeito. Eu não tenho que provar nada a ninguém
nesse aspecto, eu quero acima de tudo ser uma boa pessoa, crescer e
ter o amor dos meus. A mágoa é como um bicho que vai destruindo
tudo à volta, não quero isso ao pé de mim. Aprendi a relaxar-me
nesse aspecto, e hoje escrevam o que quiserem não me atinge, porque
tenho os pés assentes na terra e sei muito bem quem sou’.
E algum dia não soubeste? ‘não é isso, mas a verdade é que de tanto ouvir e ler, de vez em quando
perguntava-me quem era eu, onde estava a minha identidade…’.
A sua identidade está no Algarve, junto da família que ama de
paixão, ‘não
seria nada sem eles, e tenho na minha vida o objectivo de lhes dar
tudo o que possa. Enquanto eu for vivo os meus pais nunca vão passar
nenhuma necessidade. Faça eu o que tiver que fazer, pelos meus pais
farei…’.
Emociona-se. Emociona-se e fala da mãe, ‘tenho
uma relação maravilhosa com a minha mãe. Ela é um exemplo para
todas as pessoas uma vencedora. Uma grande mulher. Sem a minha mãe
eu não seria nada, muitas vezes, Cláudio, acredita que nas alturas
em que estou mais frágil ou em baixo penso sempre nela. Vou ali
buscar forças… Pela minha mãe tudo!’.
Para João, os pais estão orgulhosos do seu caminho, ‘e
eu muito orgulhoso de , de certa maneira conseguir proporcionar-lhes
felicidade e conforto. Quando abrimos o restaurante no Algarve, os
meus pais estavam numa situação profissional complicada, eu tinha
que fazer alguma coisa. Graças a Deus ganhei dinheiro e consegui
realizar o sonho!’.
João fala de Deus, ‘acredito
Nele. Não sei se no mesmo Deus que tu, ou de outra pessoa qualquer.
Mas sei que há uma força que me guia e onde me refugiu, porque
preciso. Porque me sinto bem e porque quero. O meu caminho não tem
sido fácil, nada fácil… Costumo até dizer que tudo o que consigo
é complicado e difícil de conseguir. Muitas vezes se não fosse a
minha fé eu não saberia muito bem como seguir em frente’.
Ao meu lado está um homem com um caminho profissional muito bom
neste momento, cheio de objectivos, muitos sonhos e que treme quando
fala de amor, ‘o
amor é tudo na vida! Tudo’
diz de forma definitiva. ‘Não
imagino a vida sem amor’.
O actor não é muito de falar da sua vida amorosa, mas não é
difícil perceber que está apaixonado por Mariana Monteiro como
nunca esteve na vida por ninguém, ‘a
Mariana é o máximo. Amo-a com todas as forças!’.
A verdade é que aquilo que hoje é um namoro seguro passou por
momentos complicados, ‘porque
a imprensa também aí escreveu coisas que não eram certas, não me
quero repetir, mas posso dar-te o exemplo; Se a nossa relação não
fosse segura e certa não tínhamos resistido a tanto’.
Hoje vivem uma paixão que se nota nos olhos e na expressão do rosto
quando fala dela, ‘a
Mariana tem uma história de vida incrível. Também batalhou muito
para estar onde está hoje e é, para mim, uma das melhores actrizes
de Portugal na sua geração…‘
Talvez por isso, tenha que lhe perguntar, se não foi difícil
assumir-se no começo um amor, já que Mariana tinha uma carreira e
João acabado de sair de um reality, ‘eu
sei que existem preconceitos. Eu acho que para muitas pessoas pareceu
estranho. Eu saí do programa, mas eu tenho um coração para amar. Eu
apaixonei-me pela Mariana, e ela percebeu que o meu coração não
tem nada a ver com nenhum programa de televisão. Ela é uma das
quatro mulheres da minha vida. A Mariana, a minha mãe e as minhas
duas irmãs… Sou o homem delas!’
diz, já com um sorriso iluminado. Um sorriso bonito, ‘não
sei se sou bonito. Vejo-me ao espelho e acho-me normal. Faço por
estar bem!‘
Diz ele com aquele seu ar de menino que me parece vai ter sempre
quando lhe falarem de amor, raízes, família… Talvez daqui a dez
anos os olhos ainda lhe brilhem muito, ‘espero
que sim!‘
E onde te imaginas daqui a dez anos? ‘sabia
que ias perguntar isso! Mas não tive tempo de preparar uma
resposta… Mas imagino-me com três filhos. Três Motinhas.
Imagino-me já com a volta ao mundo dada, com trabalho e rodeado de
quem amo‘.
Casado? ‘Sabes
que eu acho que o casamento é um contrato. O amor não vive de
contratos. Não acho fundamental casar-me. Nunca achei!’ Está
feliz. Nem precisava perguntar,
‘sim estou muito feliz!’. Gostei
desta conversa, e volto a dizer; ainda bem que foi adiada umas
quantas vezes. Conheci agora um João que não só me surpreendeu,
como tenho a certeza de que é uma boa aposta profissional, e mais
importante que tudo isto: um generoso rapaz! Já a acabar lembrei-me
de lhe perguntar, Gostas de ver a Mariana Loira? Tem sido tão
criticada… ‘O
que achas? Ela é linda sempre! Mas acredita em mim Cláudio, a
beleza dela é aquela que quase ninguém vê. Percebes?’ Percebo.
Para ser franco esta
conversa com João Mota estava agendada há já algum tempo. As
agendas de um e de outro foram-se atropelando e só agora foi
possível. Ainda bem, que foi agora, porque encontrei um João menos
tímido, ‘ainda
inseguro em algumas situações, mas acostumo-me a lidar com isso’.
O nosso encontro dá-se à hora de almoço numa espécie de sua
segunda casa em Lisboa, a agência Elite, ‘que
em boa hora apareceu na minha vida, porque juntou aquilo que eu
queria e sinto-me nas mãos dos melhores profissionais. O hélio
(director da agência) é além de meu agente um grande amigo‘.
Quando lhe liguei para marcar esta conversa o pretexto era o facto de
estar quase a estrear a nova novela, ‘Poderosas’ na SIC onde João
terá um desafiante papel, ‘farei
de agressor sexual. Não posso contar muito mas é um papel de enorme
responsabilidade e altamente desafiante. O Henrique tem 32 anos e
agrediu física e sexualmente da prima de quem gosta…‘
e não me conta mais, mas não se cansa de agradecer a oportunidade e
elogiar as produções da SIC, ‘que
estão ao nível do melhor que se faz. Para mim estar num elenco
assim é um sonho que não calculas!’.
Claro que calculo, e era este o teu sonho de infância?
‘Ui! eu quis ser tanta coisa quando era criança. Tanta coisa que nem
imaginas…’.
E fala-me com os olhos postos na lembrança daquilo que imaginava
quando era criança, ‘eu
passava muito tempo sozinho, ainda hoje gosto de estar sozinho. Na
altura os meus pais trabalhavam muito… Eu via muita televisão e
tinha muito tempo para imaginar tudo…’ interrompo-o
e pergunto se ser actor é definitivamente a sua paixão, ‘mas
não duvides disso. Sou actor, trabalharei muito para fazer cada vez
mais e melhor e para não decepcionar quem acredita e aposta em
mim!‘,
e a moda? ‘farei
o que achar engraçado de fazer, não nego que gosto e a mim, que
sou uma pessoa insegura, também me ajuda de alguma forma’.
Insegura! João Mota não tem nenhum problema em assumir que sente
alguma insegurança e vai mais longe, ‘na
verdade só aos dezasseis anos comecei a viver, a gostar de mim, a
tentar encontrar algo que agradasse aos outros. Era meio gordinho…‘
João tem a cabeça no lugar, está maduro, e crescido. O seu
crescimento não é só físico, ‘gosto
de praticar exercício físico nunca escondi e adoro desporto!‘,
mas onde lhe noto maturidade é na conversa e nos objectivos,
‘passei um bocado complicado quando saí da Casa dos Segredos, não
vale a pena entrar por aí, não quero nem tenho que me justificar de
nada, mas a verdade é que se disseram coisas de mim que não se
devem dizer. Eu tinha 21 anos ouvi e li coisas que deixariam qualquer
um de rastos. O que fazia, como andava, porque fazia, o que comia,
com quem andava, o que queria… exagerou-se muito!’.
Não se emociona, mas noto-lhe um nó na garganta que me leva a
perguntar se está magoado com a imprensa ou com alguém, ‘não!
As pessoas ganham o respeito. Eu não tenho que provar nada a ninguém
nesse aspecto, eu quero acima de tudo ser uma boa pessoa, crescer e
ter o amor dos meus. A mágoa é como um bicho que vai destruindo
tudo à volta, não quero isso ao pé de mim. Aprendi a relaxar-me
nesse aspecto, e hoje escrevam o que quiserem não me atinge, porque
tenho os pés assentes na terra e sei muito bem quem sou’.
E algum dia não soubeste? ‘não é isso, mas a verdade é que de tanto ouvir e ler, de vez em quando
perguntava-me quem era eu, onde estava a minha identidade…’.
A sua identidade está no Algarve, junto da família que ama de
paixão, ‘não
seria nada sem eles, e tenho na minha vida o objectivo de lhes dar
tudo o que possa. Enquanto eu for vivo os meus pais nunca vão passar
nenhuma necessidade. Faça eu o que tiver que fazer, pelos meus pais
farei…’.
Emociona-se. Emociona-se e fala da mãe, ‘tenho
uma relação maravilhosa com a minha mãe. Ela é um exemplo para
todas as pessoas uma vencedora. Uma grande mulher. Sem a minha mãe
eu não seria nada, muitas vezes, Cláudio, acredita que nas alturas
em que estou mais frágil ou em baixo penso sempre nela. Vou ali
buscar forças… Pela minha mãe tudo!’.
Para João, os pais estão orgulhosos do seu caminho, ‘e
eu muito orgulhoso de , de certa maneira conseguir proporcionar-lhes
felicidade e conforto. Quando abrimos o restaurante no Algarve, os
meus pais estavam numa situação profissional complicada, eu tinha
que fazer alguma coisa. Graças a Deus ganhei dinheiro e consegui
realizar o sonho!’.
João fala de Deus, ‘acredito
Nele. Não sei se no mesmo Deus que tu, ou de outra pessoa qualquer.
Mas sei que há uma força que me guia e onde me refugiu, porque
preciso. Porque me sinto bem e porque quero. O meu caminho não tem
sido fácil, nada fácil… Costumo até dizer que tudo o que consigo
é complicado e difícil de conseguir. Muitas vezes se não fosse a
minha fé eu não saberia muito bem como seguir em frente’.
Ao meu lado está um homem com um caminho profissional muito bom
neste momento, cheio de objectivos, muitos sonhos e que treme quando
fala de amor, ‘o
amor é tudo na vida! Tudo’
diz de forma definitiva. ‘Não
imagino a vida sem amor’.
O actor não é muito de falar da sua vida amorosa, mas não é
difícil perceber que está apaixonado por Mariana Monteiro como
nunca esteve na vida por ninguém, ‘a
Mariana é o máximo. Amo-a com todas as forças!’.
A verdade é que aquilo que hoje é um namoro seguro passou por
momentos complicados, ‘porque
a imprensa também aí escreveu coisas que não eram certas, não me
quero repetir, mas posso dar-te o exemplo; Se a nossa relação não
fosse segura e certa não tínhamos resistido a tanto’.
Hoje vivem uma paixão que se nota nos olhos e na expressão do rosto
quando fala dela, ‘a
Mariana tem uma história de vida incrível. Também batalhou muito
para estar onde está hoje e é, para mim, uma das melhores actrizes
de Portugal na sua geração…‘
Talvez por isso, tenha que lhe perguntar, se não foi difícil
assumir-se no começo um amor, já que Mariana tinha uma carreira e
João acabado de sair de um reality, ‘eu
sei que existem preconceitos. Eu acho que para muitas pessoas pareceu
estranho. Eu saí do programa, mas eu tenho um coração para amar. Eu
apaixonei-me pela Mariana, e ela percebeu que o meu coração não
tem nada a ver com nenhum programa de televisão. Ela é uma das
quatro mulheres da minha vida. A Mariana, a minha mãe e as minhas
duas irmãs… Sou o homem delas!’
diz, já com um sorriso iluminado. Um sorriso bonito, ‘não
sei se sou bonito. Vejo-me ao espelho e acho-me normal. Faço por
estar bem!‘
Diz ele com aquele seu ar de menino que me parece vai ter sempre
quando lhe falarem de amor, raízes, família… Talvez daqui a dez
anos os olhos ainda lhe brilhem muito, ‘espero
que sim!‘
E onde te imaginas daqui a dez anos? ‘sabia
que ias perguntar isso! Mas não tive tempo de preparar uma
resposta… Mas imagino-me com três filhos. Três Motinhas.
Imagino-me já com a volta ao mundo dada, com trabalho e rodeado de
quem amo‘.
Casado? ‘Sabes
que eu acho que o casamento é um contrato. O amor não vive de
contratos. Não acho fundamental casar-me. Nunca achei!’ Está
feliz. Nem precisava perguntar,
‘sim estou muito feliz!’. Gostei
desta conversa, e volto a dizer; ainda bem que foi adiada umas
quantas vezes. Conheci agora um João que não só me surpreendeu,
como tenho a certeza de que é uma boa aposta profissional, e mais
importante que tudo isto: um generoso rapaz! Já a acabar lembrei-me
de lhe perguntar, Gostas de ver a Mariana Loira? Tem sido tão
criticada… ‘O
que achas? Ela é linda sempre! Mas acredita em mim Cláudio, a
beleza dela é aquela que quase ninguém vê. Percebes?’ Percebo.
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