Nada, é nada?

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Apetece-me escrever sobre o prazer de não escrever. Estou um bocadinho enervado com o facto de ter obrigatiriamente que escrever sobre alguma coisa. Apetece-me escrever de nada. Do vento, da luz, da água gota a gota que cai da torneira mal fechada, do lixo posto na rua sem cuidado, dos arrumadores de carros, da gente que diz mal só porque sim, do gel de banho, de um bom dia desconhecido, de uma garrafa de água que se mete no lixo com tampa e tudo… enfim! Apetecia-me que todos entendessem que aquilo que para muitos é nada. Significa tanto para outros. Ou vocês entendem de uma vez por todas a importância de fechar a torneira e não desperdiçar oq ue nso faz falta, ou então agradeço que não me voltem a ler!
Ps. Não se desperdiçam materiais nem afectos. Entedidos?
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