… Não. Eu não abandonei o programa! Já disse isto hoje mil vezes ontem outras tantas. A polémica surge na internet nos meios digitais depois de se ter visto que eu me levantei durante a discussão de um tema da minha cadeira no Passadeira Vermelha e sai do cenário por não concordar com a opinião das minhas colegas. Quem vê o programa com frequência sabe que o Passadeira é um programa preparado, editado, cuidado mas sem rede, é difícil ‘domarem’ um Cláudio Ramos em acção durante hora e meia a dar palpites sobre as coisas, as pessoas e as situações. O Passadeira é a sala de estar da minha casa, o que aconteceu naquela noite foi o que aconteceu já dezenas de vezes, onde eu estou desenfreadamente a dar a minha opinião sobre qualquer assunto e não estando a ser a mesma que as minhas companheiras ( o que acontece todos os dias) eu dou  (ou tento dar) a volta ao tema. Quem me conhece sabe que luto com todas as forças para ter razão nos assuntos que defendo em antena. Foi isso que fiz mais uma vez, mas fiz apenas com o objectivo de dar outro ponto de vista. O meu! Eu acredito em cada palavra que ali digo, eu brinco muito, ali eu sou muito mais que um comentador porque eu assumo o papel de ‘entretenimento’ puro e duro num programa que rasgou completamente com a forma como se comenta a actualidade social em Portugal. Eu jamais abandonaria o programa literalmente da forma como as noticias estão a correr, quanto mais não fosse por três razões muito importantes para mim. Primeiro porque o espectador me merece todo o respeito, e se liga a televisão para me ver e ouvir (mesmo que não estejamos sempre de acordo) eu jamais lhe poderei virar as costas, depois porque tenho o maior respeito pela Liliana Campos que apresenta o Passadeira e nunca a deixaria a falar sozinha nem me permitiria tamanha falta de delicadeza, e também porque se há um director de canal que confia no meu trabalho e uma equipa que deposita em mim as expectativas de uma noite animada eu não os posso (nem devo) defraudar. Levantar-me, dançar, cantar, rir, chorar, fazer birra, gritar, amuar… tudo isto me corre no sangue. É a verdade com que faço televisão. Não é nada mais que isto. Verdade. Apenas verdade televisiva de quem sabe muito bem onde começa  a realidade e acaba a ficção. Não! Eu não abandonei o programa. Não! Eu não tenho nenhum problema com as minhas colegas comentadoras. Era o que faltava!… Se depender de mim, nunca vos falharei.