… No canto da Rita!

Por
.
Fala-me da história deste livro…
Eu
há muito tempo que queria escrever, que tinha esta ideia Já vivi
tantas coisas boas e menos boas, que sempre achei que postas em livro
poderiam ajudar alguém. Nunca quis escrever pela vaidade de ter um
livro, sempre acreditei mesmo que poderia ajudar alguém. Entretanto
um dia chega-me o convite e eu pensei, ‘mão é tarde nem é cedo’.
Apareceu em boa hora numa altura em que me sinto em paz, estou feliz,
tranquila a trabalhar e disposta a agarrar só as coisas boas da
vida.
.
Que parte do livro mais te custou escrever?
A
parte da partida da minha mãe. Foi muito doloroso recordar tudo,
recordar o que senti, o que vivi. O momento em que a máquina
parou… pensar no sofrimento que o meu pai ia ter. Tudo o que diz
respeito a esse episódio foi difícil de escrever, mas também
acabou por ser uma catarse.
.
O livro fala de violência Doméstica, mas não é sobre violência
doméstica..
Não!
Não é mesmo. Toco esse assunto, porque na verdade o vivi e porque
acho importante passar o testemunho. Foi um momento da minha vida
importante, que me marcou, escrever um livro e não falar dele seria
injusto e muito hipócrita da minha parte. Eu sou assim, acho que fiz
bem
.
Falas de homens, dos teus amores, dos homens da tua vida… sentiste
necessidade disso?
Tal
como da violência, achei que fizeram parte. Foram muito comentado a
dada altura da minha exposição publica, não fazia sentido não
falar deles, não falar de alguns momentos. Eu também sou o que vivi
com cada um deles.
.
Agora está sozinha e sentes-te bem…
Muito
bem, melhor que nunca e finalmente encontrei uma estabilidade que
talvez procurasse e não sabia. Encontrei-me a mim e sabe-me muito
bem estar comigo, com as minhas rotinas, descobertas. Gosto de mim.
.
O que te ensinou a vida ao longo destes 47 anos?
Aprendi
a viver, a estar sozinha comigo. A perceber que tudo muda quando tem
que mudar e que nada é para sempre. Aprendi a encontrar um
equilíbrio que não conhecia, porque sempre me dediquei muito aos
outros.. Hoje sou eu e os meus filhos a minha principal preocupação.
Toda a crónica pode ser lida em www.tvmais.pt

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