O gato da desilusão!

Por
… O outro dia salvei um cão, por estes dias a Marta Rebelo anda indignada com o desaparecimento do seu gato (Deus queira que não ande aos saltos em cima do carro de um contribuinte qualquer), e tão indignada está a Marta que lhe escreveu uma carta, com o coração a escorregar numa parede – não vá o gato ter aprendido a ler na escola, por estes dias – e explica que saindo o gato de casa, sai também o namorado e acaba o namoro porque o irresponsável foi o seu antigo apaixonado. Valha-nos Deus! Que se olhava para os dois, para a Marta e para o dito namorado e se notava uma chama imensa de paixão e amor, era tão intensa a chama que não resistiu ao desaparecimento de um gato! Há coisas que só podem ser levadas a brincar, há gente que não deve nem se pode levar a sério. O que dirão pessoas que perdem filhos? Que desaparecem um dia e nunca mais voltam, o que pensarão elas das cartas que lhes escrevem e não conseguem meter no correio nem postar em lado nenhum, porque não vão ter leitura ou a dor maior não as deixa fazê-lo. É preciso alguém explicar à Marta, que tem o direito de escrever o que quer, como quer, mas que deve saber que sendo figura conhecida (como gosta e tanta questão faz) que há coisas que depois de escritas e ditas têm consequências tais, que não permitem o exagero da sua reacção contra os portugueses (exagero!) quando a maioria dos que leram o que ela escreveu sobre o final do seu namoro, por causa da fuga do gato acharam um disparate, e a acharam a ela ainda mais disparatada. É a vontade de aparecer? Claro que sim. É o amor ao gato? Também acredito que sim. Mas tudo junto, para ter credibilidade, não pode ser feito assim. Não é o acto. São os meios. Assim cheira a grito ‘olhem para mim, que esta semana é o gato, daqui a uns dias são umas cuecas que me roubaram do estendal!‘. E talvez o namorado volte com elas dentro de uma caixinha. É isto!
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