… O que é que tu vês quando olhas para cima? Eu vejo o céu. E o céu não tem limite. Eu não quero ter esse limite. Mas sou obrigado a olhar para baixo, em frente melhor dizendo, para não tirar os pés do chão de tanto olhar para cima. Lá em cima – ou em frente – consigo ver que quero ser melhor, que quero ter mais, que quero descobrir. O olhar, que anda de um lado para o outro, tenta o equilíbrio, o mesmo equilíbrio que procuro encontrar em cada passo que dou. Muitas vezes dou passos enormes que são consequência de muitos recuos que temos que fazer, tantas outras vezes dou trambolhões maiores que prédios. Hoje, ao olhar para cima dei comigo a pedir ao céu que me mantenha os pés no chão e o olhar em frente, que me ampare todas as quedas para que não me doam tanto, que me ofereça descoberta sempre e não me roube o brilho na capacidade de querer crescer, mesmo que para isso tenha muitas e várias vezes que olhar para baixo. Fingir que não vejo.
SUBSCREVER E SEGUIR