– Dá aí o creme…
– Qual?
– O teu.
– O meu?
– Sim, já não tenho do outro…
– Queres nos pés?
– Sim. Estão secos… (e estica os pés na minha direcção)
– Ouve lá, mas tu achas que eu consigo meter-te creme nos pés assim?
– Vá lá…
– Opá! Tu tens cada uma… pareces uma criança!
– Dá cá que eu meto! (reclamas, para não teres que sair do lugar)
– Tens cá um feitio… (Lá me levanto, mudo de lugar e enquanto vai revirando o Instragram, espalho o creme nos pés)
– Não estão secos?
– Não!
– Não?
– Esse creme cheira bem…
– Custa um euro!
– Tu e as poupanças!
– Queres que espalhe no corpo?… (malícia)
– O que tu queres sei eu… (provocante)
– Não queres, não queres. ( a fazer burro, puxo o lençol e viro-me para o outro lado)
– Vá, espalha lá (e despe a camisola)
– Tenho fome.
– …
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