... Conheço a Cinha Jardim há vinte anos. Há vinte anos que se transformou numa das minhas melhores amigas e numa das pessoas em quem mais confio nesta vida. Confio nela cegamente. Sabe coisas sobre mim que mais ninguém sabe. Ajudou-me muito quando precisei e precisei muitas vezes. Já fui o seu ombro algumas vezes e ela o meu. Tivemos um ou outro aborrecimento passageiro como têm os amigos de coração. Nestes últimos tempos com a mudança dela para fora de Lisboa e a minha complicada agenda entre o trabalho e a minha filha temo-nos visto menos e jantado menos vezes um com o outro. A ultima vez que jantamos os dois, éramos afinal três. Eu, ela e ali ao lado a sua "filha" Juanita. A Cinha está triste. De rastos. A Juanita, a cadela de quem gostava como se fosse sua filha não resistiu a um tumor apesar de todo o esforço da sua dona e dos melhores veterinários. Tantas e tantas vezes brinquei com ela e com a forma maternal de ter a sua Juanita a seu lado há 11 anos. Sabia do amor que tinham uma pela outra. A Juanita acabou por partir 11 anos depois de ter vindo da madeira no avião ao colo da sua "mãe", tinha Cinha dado uma volta à sua vida com a entrada radical no Big Brother. A Cinha está triste. Eu sei como. Este post é para um dia mais tarde ela ler e ficar com mais uma das muitas recordações que tem da sua fiel amiga. Cinha fez, com este exemplo público de amor, muito pelos direitos dos animais. Um beijo minha amiga, já passaste pior e voltaste a sorrir. Daqui a pouco volto a ouvir a tua gargalhada. Sabes que sim!
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