Quem nunca foi à praia ao fim do dia com a areia muito fria a tocar os pés na esperança de carregar baterias? Quem nunca sonhou, que no mar haveria a resposta para tantas coisas e que as promessas feitas ali, com os pés no chão e a alma aberta para receber tudo, se tornariam realidade no dia seguiunte. Como se a solidão de ali estarmos eu, a areia e o mar fosse a solução para todos os problemas… Não é. Não será nunca, porque na maioria das vezes a solução está dentro de nós. Desta vez fui lá – com os pés na mesma areia – mas não pedi nada. Deixei-me levar pelo vento a romper-me a cara. De peito aberto apenas e só para o sentir invadir-me a alma. Deixei-me estar… Que ele traga o que de melhor houver. Que eu mereço!