Oito da manhã, toca o despertador. Levanto-me a custo. Abro a janela… respiro em fundo um ar gelado que vem lá de fora. Um duche rapido, uma roupa ao acaso, o caminho até ao quiosque, uma reunião, um pequeno almoço, uma promoção, um camarim, uma maquilhagem, programa, reunião, ginásio, imprensa, passeio na baixa, lanche na Basileira, cinema, um livro, uma conversa qualquer, o telefonema da filha, o escurecer, o trânsito e as buzinas de quem vem atrás, a missa das sete… uma rotina.
Sabe tão bem viver na rotina. Poderia pensar-se o contrário, mas a rotina de levantar à mesma hora e fazer o que se gosta, é altamente positiva se comparada com a rotina de uma vida a dois abraçados num sofá espaçoso a ver uma novela de almas dadas. Há dias em que apetece viver de rotina, certamente nao são todos os dias, mas há alturas em que se deseja as nove da noite tranquilas só para se olhar nos olhos da companhia escolhida, e passar ali o tempo todo… e se o tempo parar então ainda melhor. A rir, por tudo e por nada, a sorrir por coisa nenuma e a implicar para ver a reacção esperada. O tempo do relógio não pode parar…
Oito da manhã, toca o despertador…
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