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Sabes, hoje passei a tarde a arrumar umas coisas aqui em casa. Acordei depois do meio dia, posso dizer que dormi bem e soube-me muito bem este fim de semana de absoluta novidade. Embrigado na surpresa e sóbrio na descoberta. Gostei. Somos diferentes, mas sei que cada vez mais iguais em ambos os sentidos… Numa caixa, enquanto arrumava papeis, descobri uma carta que te escrevi, mas que não enviei. Já todos fizemso isso… Tu não? Nela, datada de 1 de Janeiro de 2006, desabafava sobre a dor no peito de te amar tão desesperadamente que o meu mundo não faria sentido se não te ouvisse respirar. Nela estavam depositadas tantas duvidas, que com o passar do tempo ficaram certezas. No meio das linhas da carta, descobri sombras que não me deixaram na altura respirar como devia ser. Que engraçada que é a vida! Que engraçados que somos nós, quando precisamos de âncoras para nos desculparmos de qualquer coisa. A esta hora deves estar por aí a despedir-te de uma recordação que te trouxe pouco de bom. Hoje, apesar de não teres essa noção, e quase de certeza nem te aperceberes disso, metes um ponto final numa história que começou assim, ao som das teclas de um computador. A vida é engraçada. Somos tão engraçados quando precisamos de âncoras para seguir em frente. Talvez hoje, entendas que não precisavas dessa “âncora” para seguires em frente. Que conseguias sem ela e que não valeu a pena o desperdício de energia que te causou. Nem tudo se facilita quando somos faceis. No instante até pode parecer que sim, mas ficamos arrependidos quando acordamos e deixamos de ver sombras… Hoje estou eu aqui, tão diferente do que era a 1 de Janeiro de 2006. Tu também estás diferente. Uma diferença que não é aquela que pensas. Um dia explico… agora vou continuar a arrumar as gavetas. Nada me incomóda mais que gavetas desalinhadas e papeis por arquivar.
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