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Sabia que ia morrer. Sabia. Tinha a certeza disso… Sei que há pessoas que não estão preparadas para a minha morte! Eu, não queria morrer. Não queria que me visses morrer, mas sabia que isso ia acontecer. Acordei fraco, com o corpo morto. À noite tive que vestir os pés com umas meias grossas porque o sangue chegava oo fim do corpo e não circulava como os outros dias. Sofri tanto estes dias, que fui-me abaixo com a morte ali ao lado. Ninguém – nem tu – pode sequer imaginar o que passei. O que se sente neste estado… Não me dói nada, mas dói-me tudo! Enquanto fazias uma coisa qualquer, perguntavas se eu tenho a consciência que sou diferente. Disse-te que sim, mas sei também que a tua questão tem que ver com aquilo que tu chamas “manias”… Mas não são! Ninguém vai ao chão por manias. Ninguém gosta de morrer sem ter vontade. Agarro-me à vida, sempre me agarrei… mas é muito mais forte do que eu. Um dia vais entender, como alguém já entendeu… Um dia vais perceber, que a minha diferença não está patente em simples “manias”, nem porque não tenho a cabeça aberta. Sou muitíssimo especial. Acredita! O meu sofrimento – que não consigo controlar – é fruto de uma debilidade que tenho, que um dia o mundo vai entender e que não se cura com remédios…
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