… E os Domingos no Alentejo com a Leonor nunca são iguais, porque ela tem a força dos nove anos e a cabeça cheia de sonhos. Nada se lhe mete pela frente, nada a faz parar de levar a sua à frente. Uns chamam-lhe teimosia, eu acho que sim, mas também gosto de perceber que é parecida comigo. Acho bem, desde que perceba a altura de parar ou recuar. Mas isso com o tempo chegará lá… hoje a história é outra. É feita de afectos. Com a avó e a tia longe, ela resolveu ser a ‘dona da casa da avó‘ e ir passar a tarde com os tios Pedro e Luís Paulo porque ‘eles estão sozinhos, e precisam de companhia’. Claro, um tem mais de quarenta anos, o outro a caminhos dos trinta, deviam estar a tremer de medo de estarem sozinho numa tarde de Domingo… Resumindo, o que ela queria era uma cozinha inteira para ela para… fazer ‘pizzas especiais, que aprendi a fazer’. E lá fez. E lá se divertiu e lá comemos todos… e assim se juntou a família que não foi para longe, e feitas as contas é sempre assim. Tudo gira à volta dela… mesmo quando a massa das pizzas tem um pouco de sal a mais!
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