… E quando nos batem à porta e não perguntamos quem é, nem muito menos quem foi? Deixamos entrar e vivemos o momento convencidos que podemos aprender alguma coisa com isso. A porta da nossa casa ou a porta da nossa vida. Tudo muda de um momento para o outro com o abrir do trinco. Comigo foi assim. Num cruzar de olhares no meio de uma multidão. os olhos fixos e o coração a bater mais forte. As mãos suadas e as pernas tremidas. Este meu ar de “convencido espertalhão”, para disfarçar a timidez avançou sem noção de nenhuma consequência. Em qualquer decisão que se tome, perdemos sempre alguma coisa… Que perdi? Não importa agora, que não sou de olhar para trás. Ganhei coisas, muitas. Acho que podia ter ganho mais. Mas o que ganhei valeu o investimento. É assim como quem compra um carro novo – acabei de comprar um, depois conto! – quando o vamos buscar ao stand, imaginamos o que vamos fazer com ele e lembramos com saudade o que entregamos como retoma. Nunca vos aconteceu?! Claro que sim! No momento em que abri o trinco, estava convencido que todos os sonhos podiam ser realidade. Nem todos podem ser, mas podemos fazer um esforço por manter a porta aberta e de vez em quando dar ao trinco. Cruzar vários olharares com os mesmos olhos, pode ser o truque para qu enunca nos apeteça mudar de direcção. As pernas tremem pelas mesmas emoções. A data é outra, quem entrou – agora a saber quem foi – é o mesmo alguém que me trancou o peito, para que estes olhos não se cruzem com mais nenhuns… A não ser os seus…
SUBSCREVER E SEGUIR