… Tal mãe, tal filha (A ternura que tenho a isto)

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… Não imaginam a ternura que me causou esta ideia da Cristina Ferreira para a sua nova revista sobre Casamentos. Ver a Pimpinha usar o vestido de noiva que a mãe usou no seu casamento em 1989 é um mar de emoções. Eu conheço a Cinha há quase vinte anos, vi a Pimpinha crescer em todos os sentidos, testemunhei sempre a cumplicidade de mãe e filha e a extrema protecção de uma para a outra, e muitas vezes em demasia da Pimpinha para a Cinha. Amor de mãe e filha em estado puro (não falo da Isaurinha porque não está na fotografia, mas é um ser muito especial). Olhar para esta fotografia faz-me recuar muito no tempo e lembrar-me das noites que passei na casa delas, do muito que a Cinha (e a família) me deu e me ajudou numa altura tão complicada da minha vida. Das madrugadas nos sofá brancos. Dos risos, da estrada, dos quilómetros que fizemos, das histórias que nos contámos…. Ali andavam a Pimpinha e a Isaurinha, por casa, com a suas coisas, e nunca me viram como um estranho. Senti-me sempre, desde o primeiro dia, ‘um de casa’. Não sou caso único nem caso raro, que a Cinha sempre foi muito amiga dos seus amigos e também sofreu muito com a ingratidão de tantos deles, mas isso fica para o tal livro que um dia vai ver a luz do dia, que ela tem vontade e muito para contar… Por enquanto, importa-me destacar a cumplicidade das duas. Têm uma relação forte e, diferentes que são, vivem de vez em quando ‘guerras’ abertas no muito amor que se têm uma à outra. Eu sinto um orgulho enorme ao ver a Pimpinha crescer profissionalmente. Está uma super profissional, agarrou uma oportunidade e soube aproveitar as portas que se foram abrindo. Tem noção de quem é, do que vale, mas não fica à sombra da bananeira. Tal como a mãe. Uma mulher sempre à frente no seu tempo sem medo de rótulos e sem preconceito nenhum. As pessoas não conhecem a Cinha. Não a conhecem como mãe nem como pessoa. Conhecem-na como ‘famosa’, comentadora benfiquista, mulher que gosta de festas, de viver a vida, dos amores que teve e dos que dizem que escondeu. Ela ama a vida! Mas é preciso que se diga o generosa que é, o trabalhadora que sempre foi, o muito de que abdicou por se amar mais a ela e às filhas que a qualquer outra coisa. Porque gosta de ser livre e porque sempre entendeu a vida lado a lado com a liberdade de fazer o que quer. Tem noção de quem é e de que tem os passos vigiados. Já levou muitos tropeções na vida, muito pontapés. Já teve muito e ficou com pouco. Mas não foi isso que a fechou em casa, a transformou noutra pessoas e lhe boicotou os sonhos. Arregaçou sempre as mangas e saiu para se fazer à vida. Foi pioneira em muitas coisas. É uma mulher culta e sábia porque a vida a fez assim, mas a mim o que mais me importa é que a minha amiga (estamos em falta com jantares e risos) é das pessoas mais generosas que eu conheci na minha vida. Esteja eu com ela todos os dias ou uma vez por ano, fará sempre parte das pessoas que o meu coração escolheu para levar consigo vá para onde for. Foi a ela que contei coisas da minha vida que mais ninguém sabe, foi na cama dela que dormi quando precisei de colo. Acordava e ela estava ali, adormecia e ela estava ali, eu tinha que ir trabalhar e era ela que me acordava, me levava, me apanhava e me voltava a meter em sua casa, até perceber que já o poderia fazer sozinho. Foi ela que me entendeu antes de qualquer outra pessoa… Fez isto e muito mais. Fez por amor. Sem pedir nada em troca. Conhecia-a no dia em que ela fazia 40 anos. Foi a jornalista Cláudia Alegria que nos apresentou. Desde esse dia, ganhei uma irmã de coração. Por isso, quando vejo esta fotografia, vejo que o trabalho que fez como mãe só a pode orgulhar, porque a ouvi muitas vezes falar do seu papel de mãe. Dos medos, dos receios, das certezas e das decisões complicadas que teve que tomar. Errou algumas vezes? Claro que sim, no papel de mãe ou noutro papel qualquer, mas acertou em cheio em muitas outras, e este momento é reflexo disso. E porquê isto agora? Porque quando vi esta fotografia fui obrigado a recuar uns anos valentes. Muitos anos. Obrigado minha amiga. Minhas amigas!

 

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